terça-feira, 24 de julho de 2012

Santiago do (encantador) Chile 1ºdia

No dia 13 de julho de 2012 iniciamos nossa jornada ao Chile. Eu e as minhas duas filhas adolescentes. Esta viagem estava programada desde um ano antes do terremoto que assolou o país da América do Sul que fica espremido entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes. Diversas alterações de roteiro foram feitas antes de embarcarmos e durante a viagem também.
Os primeiros contratempos começaram na conexão em Porto Alegre/RS. Precisamos refazer o check-in e a atendente da GOL (Aviações Tabajara) disse que talvez viessemos  a ter problemas na alfândega, pois no passaporte da minha caçula não havia indicação da paternidade e eu não possuía autorização paterna, apenas a certidão de óbito do genitor. Poxa vida! Por que não verificaram a nossa documentação quando ainda estávamos no Rio de Janeiro, a apenas alguns minutos e KM de casa? Felizmente o sistema da Polícia Federal, a mesma que emite o passaporte e não coloca a filiação completa no mesmo, estava funcionando. " Tiveram sorte,"disse a agente, " de tarde estava fora do ar". ( ai, Gol...)
Chegamos em Santiago às 3h do local e do lado de fora do aeroporto faziam apenas 4ºC. Apesar de termos combinado com o " hotel" o traslado, não havia ninguém a nos esperar. Dividimos uma VAN da JAC Motors até o Centro com outro grupo de brasileiros e cheguei ao Hostel que me entregaria a chave do meu apartamento na Monjitas, 744.
Quase tive um troço quando a recepcionista do Hostel (Mac Iver, 661) antes de me entregar as chaves perguntou-me se eu gostaria de cancelar a reserva. Poxa, eu queria descansar o corpo no lugar que havia reservado e ela queria que eu fosse embora? Depois entendi que cancelar e pagar eram a mesma coisa em espanhol, rsrsrs (tonta).
Estranhei que na recepção ninguém nos ajudou com a bagagem, mas...
Dormimos até o raiar do sol sobre a cordilheira, o que costuma a contecer às 9h, e nos arrumamos para descer e aproveitar o prometido desayuno continental do " hotel".
Fomos à recepção e perguntamos onde poderíamos "desayunar" e o porteiro nos informou a localização de algo parecido com uma lanchonete/padaria nos arredores.  -Ué, e o desayuno continental? "Não temos, é proibido pela legislação do Chile?" - Como assim? Levamos algum tempo para compreender que havíamos contratado um aluguel temporário de um apartamento no Centro de Santiago, sem qualquer serviço extra como: arrumadeira, café-da-manhã e outros serviços comuns de um apart-hotel. A recepção era composta de porteiros apenas, e à exceção do Sr. Luiz, nenhum deles sequer se esforçou para entender meu portunhol. - Gracias, Sr. Luiz!
No apartamento  somente havia duas toalhas de banho, embora fossemos três pessoas. Sabonete e pano de prato eu pedi pela manhã e não recebi nada disso até agora, embora tenha aguardado a "mucamba" prometida pelo hostel para inclusive, me orientar a ligar o forno e informar a senha do wi-fi do apartamento...
Fizemos compras no mercado ao lado de casa para  café da manhã e jantar nos dias seguintes, saiu mais barato que o desayuno na esquina.
Bom, esquecendo estas bobagens, fomos andar pela Plaza das Armas e arredores do lugar. E que lugar encantador, charmoso e divertido. Estranhei que todos nos olhavam como se fôssemos de outro lugar... Ôpa, éramos mesmo, rs.
Embora dissessem para ficarmos atentas à bolsa, não vi nada que me deixasse mais preocupada do que quando vou a Madureira.
Batemos um papo com um rapaz de Saquarema em frente ao Mercado Central que nos indicava um restaurante. Ele já está em Santiago há mais de 2 anos e adora. Nos falou sobre várias coisas, nos tirou algumas dúvidas de destinos e em seguida adentramos ao tal Mercado Central. "Gente estranha e comida esquisita", (ih,esquisita é saborosa em espanhol, não foi isso que quis dizer) Comida exótica de ouriços a centolas, me diverti com os donos e gerentes dos restaurantes e tirei fotos gastronômicas, sem experimentar nada daquilo, rs.
Segui ao MAC, vazio como alguns museus do Rio, mas com obras interessantes e focadas nos "tempos difíceis".
Antes de alcançarmos o Pátio Bellavista para o tardio almoço, nos fotografamos com um lindo e simpático Lhama chamado Carlitos e depois com o Holmer Simpson próximo à Baquedano. Comemos em local de cozinha da Colômbia, mas nada típico. O meu pedido se parecia com petiscos mexicanos que provei aqui no Rio. Não, feijão não servem no Chile...
Tomamos o funicular para o Cerro San Cristóbal, onde tivemos uma linda visão da cidade e do santuário à Imaculada Concepción. Voltamos de metrô para casa apenas para conhecer o meio de transporte. Eficiente por sinal, apesar de ser horário de retorno de trabalhadores, não estava cheio.
Jantamos lasagna e sopa semi-prontas no nosso cafofo.
Fui dormir o sono dos justos, mas de madrugada sempre acordava com calor...









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