quinta-feira, 20 de junho de 2019

Kardec - filme

Certa época ao ouvir ou ler de algum grupo de pessoas criticando as leis de incentivo cultural (tipo Rouanet) que são anteriores à era PT (oh!!!), pensei comigo: Vou fazer uma postagem desafiando este grupo a não mais frequentar museus, casas de cultura (CCBB por ex.), assistir a algumas peças teatrais, ir a shows na praia ou praças, esquecer o carnaval... Então foi que me dei conta da inutilidade do meu pensamento e me contive, porque a maioria deste grupo já não o faz mesmo!

Ao assistir ao filme sobre Kardec a ideia me retornou à mente, afinal qual filme nacional hoje em dia não possui algum tipo de patrocínio por lei de incentivo? Certamente, aqueles que seguem a doutrina espírita gostariam de assistir a este filme. Mas quantos deles são favoráveis ou contra as leis de incentivo, e quantos realmente seguem os princípios cristãos da doutrina? Bem, isso realmente não me interessa, porém o curioso foi me aperceber que a cena girava em torno da segunda metade do século XIX, quando ainda usavam velas e os fenômenos eletromagnéticos estavam sendo estudados como novidade. Por isso é fácil compreender que no meio de todo aquele obscurantismo predominante, Leon fora considerado um herege e sofrido perseguições em um Estado dominado pela religião, hoje já deveríamos saber o quanto isso dá errado! 

/Me fez lembrar que há 20 anos comentei com alguém que o cigarro e a bebida eram mecanismos pra acalmar o povo e aplacar-lhe o sentimento de impotência. Nos dias atuais, quando aprendi um pouco sobre dependência química, e compreendi como as drogas sempre funcionaram como um mecanismo de dominação, percebo como estão sendo substituídas por tecnologia. O cigarro agora é o Tweeter ou o whatsApp. /

Mas voltando ao assunto central, Paris é o berço de todos os acontecimentos relevantes da humanidade (ouvi de um amigo há mais de 30 anos), entretanto,  nos dias de hoje e por conta das suas ideias, Leon que foi um decodificador da Doutrina, uma luz no meio da escuridão de Napoleão III, aqui no Brasil seria pechado de esquerdopata pelo grupo que odeia leis de incentivo, igualdade, liberdade, fraternidade... Então me pergunto: Ou você segue a doutrina ou você é de direita, as duas coisas não dá! E acrescento, não vão ao cinema!

O meu ponto final é quando Leon teria declarado: "Haverá uma época em que as pessoas não mais atirarão pedras por causa de religião". 

Sabe de nada inocente!

Duvido, logo penso. Penso, logo insisto.